Os turistas se frustram; os locais se espantam.
O panorama das Cataratas do Iguaçu está diferente. Cadê a água que forma os 275 saltos de uma das maravilhas da natureza?
Cláudia Finco, moradora de Foz do Iguaçu, foi visitar as Cataratas e postou belas fotos no Facebook com a paisagem seca. E comentou: “Nunca vi assim em 25 anos”.
Aos números: segundo o monitoramento hidrológico feito pela Copel na bacia do Rio Iguaçu, a vazão nas Cataratas do Iguaçu, na manhã desta quarta-feira (11), estava em 776 metros cúbicos por segundo (m³/s), metade da que é considerada normal.
Na segunda-feira, 10, quando Cláudia fez as fotos, estava ainda mais baixa, com menos de 700 m³/s. A mínima foi registrada às 22h (652 m³/s).
A medição é feita pela Copel na altura do Hotel Belmond Cataratas.
A vazão naquele local estava normal até o dia 7 (acima de 1.300 m3), mas começou a despencar até chegar à mínima de ontem.
Na verdade, o que está faltando é chuva ao longo da bacia do Rio Iguaçu. Em todos os pontos de coleta o nível da água está baixo. As usinas da Copel estão liberando apenas a água que é utilizada para gerar energia; não há excedente.
E o pior: se a previsão da meteorologia se confirmar, o panorama nas Cataratas do Iguaçu não vai mudar ao longo de julho. Há previsão de pouca chuva no Paraná.
Pior ainda: pouca chuva na região de Curitiba, onde o Rio Iguaçu recebe a água de afluentes; e pouca chuva também no litoral paranaense, o que significa também estiagem na Serra do Mar, onde o Iguaçu nasce, formado inicialmente pelo Rio Iraí).
As chuvas na Serra do Mar e da região de Curitiba são as principais responsáveis pela vazão do Iguaçu.
Os turistas que vêm a Foz devem aproveitar para conhecer como é a região sem as águas. Não é tão bonito, mas é diferente. E voltar quando tudo estiver normal.
Veja mais fotos de Cláudia Finco. E espante-se também.