Até agora não há sequer pistas do paradeiro do doleiro Dario Messer, procurado pela Interpol no mundo inteiro por lavagem de dinheiro e associação criminosa, entre outros crimes, no Brasil e no Paraguai.
No Brasil, Messer ficou conhecido como “doleiro dos doleiros”, já que era ele que facilitava a lavagem de dinheiro para muitos de seus pares.
Ele agia, segundo apurou a Operação Lava Jato, desde os anos 1980, e teria movimentado mais de US$ 1,6 bilhão.
Amigo íntimo do ex-presidente Horacio Cartes, Messer está foragido há cinco meses
Esta semana, promotores paraguaios se reuniram com o Ministério Público do Brasil, no Rio de Janeiro, em busca de cooperação e intercâmbio de informações sobre Dario Messer.
As autoridades dos dois países se comprometeram a trocar informações sobre o requerimento de extradição feito pela Justiça brasileira e cumprimento das ordens de detenção internacional vigentes contra Messer.
A Justiça brasileira emitiu no dia 3 de maio uma ordem de prisão contra 45 doleiros, entre eles Messer, por lavagem de dinheiro e crimes afins.
O Ministério Público do Brasil, um mês depois, acusou Messer e outras 60 pessoas de terem “promovido, constituído, financiado e integrado pessoalmente uma organização criminosa que tinha por finalidade a prática – entre outros crimes – de evasão de divisas, contra o sistema financeiro nacional e corrupção ativa e passiva, assim como lavagem de recursos financeiros derivados desses crimes e dos recursos para pagar subornos a agentes públicos”.
No Paraguai, as operações de Messer foram encobertas a partir da própria Presidência da República, por meio do organismo de fiscalização Seprelad, que ignorou advertências do Brasil sobre as operações do empresário, durante a gestão de Cartes, que considerava Messer um “irmão de alma”.
Fontes: ABC Color e Última Hora