Boa notícia: os preços da cesta básica, em Foz do Iguaçu, tiveram queda de 0,38% em fevereiro, na comparação com janeiro.
É o que mostra o boletim do Índice de Preços ao Consumidor de Foz do Iguaçu (IPC-Foz), do Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da Unila.
Vilões em janeiro, quando foram responsáveis pelo aumento do índice, em fevereiro os tubérculos, raízes e legumes tiveram uma queda de 8,51%. O tomate, por exemplo, teve uma redução de 20,56% no preço.
“Diferentemente do mês anterior, em que o tomate apresentou grande aumento nos preços, em fevereiro o preço do tomate reduziu devido à intensificação da colheita da safra de verão, aumentando, assim, a oferta no mercado”, explica o coordenador do projeto, Henrique Kawamura.
Já a cebola teve uma variação positiva de 17,09%, devido à diminuição da oferta nas principais zonas produtoras. A expectativa é que o preço caia nas próximas semanas em consequência da chegada das cebolas argentinas ao mercado brasileiro.
Carnes
Entre as carnes, a suína continua em queda, com um valor 11,71% menor, da mesma maneira que o frango inteiro (-11,58%) e o frango em pedaços (-8,57%).
Também está mais barato comprar contrafilé (-4,04%), músculo (-4%) e peito bovino (-2,53%). Houve aumento no preço do coxão mole (4,02%), costela bovina (3,54%) e acém (3,32%).
Os ovos também apresentaram aumento, de 7%.
Frutas
Os consumidores devem ficar atentos ao preço das frutas, que aumentou consideravelmente neste mês. A maçã apresentou um aumento de 36,25% e a banana-nanica, de 13,8%. Em compensação, a banana-maçã teve queda de 8,52% em relação ao mês anterior.
A baixa disponibilidade de laranja permanece influenciando positivamente os preços. Em fevereiro, a fruta teve aumento de 19,4%.
A pesquisa
Desenvolvido por estudantes e docentes da Unila, o IPC-Foz é um projeto de extensão que calcula, mensalmente, o índice do custo de vida em Foz do Iguaçu.
O cálculo é feito a partir do levantamento de preços de 94 produtos que compõem a cesta básica, em 12 supermercados de vários bairros da cidade.
Com a mesma metodologia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, os integrantes do projeto calculam a incidência da inflação desses produtos e disponibilizam os dados em relatórios on-line no site http://www.cepecon.com/.
Em longo prazo, a pesquisa pretende obter informações sobre as dinâmicas econômicas de Foz do Iguaçu, região que tem características muito próprias por estar localizada em área de fronteira.
Participam do projeto de extensão três docentes, oito estudantes de graduação da Unila e dois alunos de ensino médio de escolas de Foz do Iguaçu.