Em qualquer país é assim: o contrabando sempre vai prejudicar a produção local. E isso vale pro… Paraguai.
Pois é, origem da maior parte do contrabando que entra no Brasil, no Paraguai também tem quem reclame da entrada ilegal de produtos.
É o caso dos fabricantes de calçados. Ontem, terça (10), cerca de mil calçadistas, da Associação de Fábricas de Calçados e Provedores do Paraguai, fizeram uma manifestação contra a entrada ilegal de calçados chineses.
Os manifestantes chegaram a queimar calçados chineses, “para mostrar que não têm valor”, como disseram.
Segundo matéria do ABC Color, o ingresso massivo de calçados chineses, por vias legais ou de contrabando, prejudica o setor calçadista, que não podem competir em preços.
“Além disso, são de muito baixa qualidade”, disse o presidente da associação, Marcelo Benítez.
Eles querem que o governo aumente os impostos de importação de calçados em 35% (atualmente, a taxa varia entre 10% e 20%) e, claro, intensifique a fiscalização do contrabando.
Ainda segundo a associação, as fábricas de calçados paraguaias empregam cerca de 18 mil pessoas, e muitas correm risco de perder o emprego.
Contrabando
Enquanto isso, em Assunção, fiscais apreenderam mercadorias contrabandeadas do Brasil e da Argentina no Mercado de Abastecimento, informa o jornal La Nación.
Foi apreendida uma grande quantidade de mercadorias sem documentação: 4 mil quilos de açúcar, 72 pacotes de fraldas, aceites, vinhos, biscoitos, alfajores e adoçantes, entre outros produtos.