Calor no Paraná já é o mais intenso dos últimos três anos e pode aumentar mais ainda

O calor se deve ao fenômeno El Niño, atualmente predominante, que provoca o aquecimento das águas do Oceano Pacífico

Com forte influência do El Niño, Simepar prevê verão com ondas intensas de calor e chuvas Foto: José Fernando Ogura/AEN

De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os termômetros devem chegar a 30º C em praticamente todas as regiões do Estado nos próximos cinco dias.

Esse intervalo de dias seguidos com muito calor não era sentido há três anos, desde outubro de 2020, também uma primavera. Na quinta-feira (21), por exemplo, Altônia ficou com a maior temperatura do Estado, de 38,3 °C. Na sexta (22), Capanema, com 39,2° C. A previsão é de que o tempo fique aberto, com sol e baixa possibilidade de chuvas.

Com temperaturas que podem chegar a 40º C, especialmente no Oeste, Norte e Noroeste do Paraná, algumas cidades podem ter temperaturas que ultrapassam a máxima histórica do mês. Para Curitiba a previsão é chegar a 35º C neste domingo (24), marca que pode configurar um recorde para setembro na Capital, alcançado em 2015.

Já em Maringá, no Noroeste, o calor deve ultrapassar a 40º C. Em setembro de 2020, os termômetros chegaram a 39,2° C na cidade, recorde até então. Londrina e Cascavel ficam um pouco abaixo, com 39° C. Em setembro de 2020, elas registraram 40° C e 37,7° C de máxima, respectivamente. Ou seja, no caso de Cascavel também é possível haver recorde. Umuarama e Campo Mourão podem ter temperaturas ainda mais elevadas, na faixa de 42° C.

Na próxima terça-feira (26), está prevista a volta de uma instabilidade, com maior probabilidade de chuvas em todo o Estado.

O calor se deve ao fenômeno El Niño, atualmente predominante, que provoca o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, ocasionando temperaturas mais elevadas, especialmente no verão. Essa condição tende a ocorrer nos próximos dois anos, tempo que normalmente o fenômeno El Niño predomina sobre o oceano.

Até então, a predominância era de La Niña (resfriamento), que permaneceu no Oceano Pacífico durante os últimos três anos. “O La Niña predominou por mais tempo que o normal. Geralmente, ele tem duração de seis meses a um ano, mas permaneceu sobre o oceano desde 2020”, explicou o meteorologista do Simepar, William Max.

Com informações da AEN

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