Caminhando na Praia

Tinha que disputar espaço com as aves para passar na areia próximo a essas embarcações, pois a ansiedade dos pássaros era grande

Foto ilustrativa: Pixabay

Caminhando na Praia

Por Carlos Galetti

Estive passeando com a família, minha pequena família, ao que ficou reduzida, eu, minha esposa e minha filha; ainda tenho meu filho, a nora e netas, mas nem sempre podem participar conosco. Mas, como dizia, fomos à Curitiba, onde aproveitamos o show do Richard Clayderman, o grande pianista, um espetáculo incomparável.

Após umas visitas aos shoppings, onde eu aproveitava o chope na Praça de alimentação e minha esposa e filha percorriam as lojas, fomos para praia de Florianópolis, em Canasvieiras, um excelente destino.

O que mais me abasteceu a alma foram os passeios matinais na beira da praia, num horário bem matutino, para que nada nem ninguém atrapalhasse o papo com a Senhora Natureza. Conversas prolongadas, só interrompidas quando os maçaricos abordavam as embarcações que chegavam da pescaria.

Tinha que disputar espaço com as aves para passar na areia próximo a essas embarcações, pois a ansiedade dos pássaros era grande. As ondas em seus bailados, refletindo o sol, debruçavam-se sobre a fina areia, roubando-lhes beijos carinhosos e plenos de intimidade.

As gaivotas riscando os céus, compunham um espetáculo à parte, com seus grunhidos dissonantes, parecendo implorar a inclusão naquele contexto de manhã tão bela.

Toda a natureza se manifesta, senti como se me saudassem, querendo mostrar-me todo o esplendor, mas vendo a impossibilidade de absorver todo o emaranhado de coisas, acalmavam suas evoluções para que este testemunho fosse o mais abrangente possível.

No horizonte, alguns peixes pulavam, dentre as ondas onde nadadores faziam exercícios, em perfeita sintonia, homem e natureza, sem agressões, sem disputa de espaços, sem agressividade, só paz. Enquanto isso, na terra os corredores e andarilhos, buscavam suas performances, lutando para manter a saúde e a boa aparência.

Algumas vezes, parava e ficava observando algo que me despertava a atenção, foi o caso de uma folha que era jogada para um lado e outro pelas ondas que chegavam à areia, pensei inicialmente que estaria desesperada, mas não, notei que era mais um balé, onde ondas e folha desenvolviam uma dança marcante e sinuosa.

Confesso que ficaria um pouco mais, mas férias têm fim, infelizmente a responsabilidade nos chama, os compromissos tornam-se mais prementes, depois ainda tínhamos outros lugares para visitar. Ainda iríamos em Gramado e Canela, passeando pela Serra Gaúcha.

Assim fizemos, encerramos o passeio prestigiando até o Desfile de Natal de Gramado. Um espetáculo para crianças de 06 a 60 ou mais um pouco.

Retornamos na terça, dia 08 de novembro, revigorados, alegres e confiantes nos destinos do Brasil.

Que Deus nos abençoe. Inté!

Sair da versão mobile