Carros da Guarda Municipal de Foz vão abastecer no Paraguai

Foto: Kiko Sierich

Um comboio de carros da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu foi fotografado quando se encaminhava à Ponte da Amizade. Eles iam abastecer nos postos de Ciudad del Este, já que em Foz os combustíveis praticamente desapareceram.

No posto Oklahoma, da JK, a fila para encher o tanque tinha um quilômetro de extensão, agora à noite.

Expediente

Por causa da greve dos caminhoneiros, a Prefeitura de Foz terá novo horário de funcionamento dos setores administrativos, para reduzir o consumo de combustível e insumos, garantindo o abastecimento da frota que realiza os serviços essenciais.

De amanhã, sexta, até a próxima quarta-feira, 30, os postos de serviço administrativos funcionarão das 8h  às 13 horas.

Divisão

Enquanto isso, em Brasília, os grevistas saíram da reunião com o governo divididos: uma parte aceita interromper a greve e aceitar as propostas; outra, quer manter a paralisação a qualquer custo.

De outro lado, como informa a Agência Brasil, a Advocacia-Geral da União (AGU) já obteve até agora 17 decisões liminares que proíbem a obstrução de rodovias federais. A ministra da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, disse hoje (24) que cerca de 100 advogados públicos estão atuando em todo país para garantir o trânsito livre nas estradas.

Segundo a AGU, as liminares foram obtidas nos estados de Sergipe, São Paulo, Paraná, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba, Rondônia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul durante as manifestações de greve de caminhoneiros. Há estados com mais de uma estrada desbloquedada por liminares.

No entendimento da ministra, os caminhoneiros têm garantido o direito constitucional de livre manifestação, mas não podem bloquear as rodovias. “A liberdade de manifestação e de expressão não pode inviabilizar o direito da toda população brasileira de acesso a outros direitos fundamentais. A liberdade de locomoção, a liberdade de ir e vir também merece ser respeitada”, disse a ministra.

Segundo ela, a AGU já entrou com 30 liminares na Justiça para assegurar que a paralisação nacional dos caminhoneiros seja considerada ilegal. Grace Mendonça também informou que a AGU se colocou à disposição do Ministério da Segurança Pública para garantir o cumprimento das decisões judiciais.

Os caminhoneiros protestam há quatro dias contra os seguidos aumentos do preço do diesel. O movimento tem feito bloqueios em estradas, o que já impacta no abastecimento de combustível e alimentos em algumas regiões do país. As principais reivindicações da categoria são: redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS, e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada.

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