Casa de câmbio é alvo de investigação sobre o Hezbollah em Ciudad del Este

Foto: Edgar Medina, jornal Última Hora

A polícia do Paraguai está fazendo uma busca e apreensão numa casa de câmbio de Ciudad del Este, nesta quinta-feira (17) pela manhã.

É o que informa o jornal paraguaio Última Hora, de Assunção. O alvo é a casa de câmbios Unique SA.  A intervenção começou por volta das 7h. O ABC Color traz informações sobre ações em outros locais da cidade (veja abaixo).

Segundo o jornal, a ação da polícia estaria ocorrendo dentro de investigações sobre lavagem de dinheiro para o grupo Hezbollah, acusado de terrorismo pelos Estados Unidos.

O grupo Hezbollah opera na região, confirmou ao Última Hora Vladimir Jara, da equipe de imprensa do Ministério do Interior.

A casa de câmbio seria propriedade de um familiar do comerciante Walid Anime Sweid, que é investigado justamente “por ser um dos cérebros da operação” em Ciudad del Este.

A ação policial ocorre na mesma semana em que estudos apresentados nos Estados Unidos mostraram que a região de fronteira – citam Ciudad del Este e Foz – tornou-se cada vez mais atrativa para lavagem de dinheiro do mundo todo, o que inclui grupos considerados terroristas pelos Estados Unidos, como o Hezbollah.

(Atualização) Mais investigações

O ABC Color traz outras informações. Segundo o jornal, há quatro buscas simultâneas em Ciudad del Este, incluindo residências particulares, além das casas de câmbio.

“Estamos fazendo quatro ações relacionadas a uma importante rede de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, então começamos a fase operacional. Atuamos em vários locais, incluindo duas casas de câmbio, que seriam os principais mecanismos para essa atividade ilícita”, disse um dos fiscais que participam da operação.

Há evidências que confirmam investigações dos Estados Unidos sobre um esquema internacional de lavagem de dinheiro para o crime organizado, funcionando na fronteira.

É realmente grande o esquema, segundo outro fiscal. Além das suspeitas sobre o tráfico de drogas, não é descartada a ação de grupos terroristas. “Nós sabemos bem sobre a presença de grupos radicais que nutrem suas atividades neste crime (lavagem de dinheiro)”, disse o fiscal.

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