O incêndio de sexta-feira ( 4) no shopping Hijazi, um dos mais importantes do centro de Ciudad del Este, reativou a preocupação com a insegurança dos prédios comerciais.
“Os novos edifício vão se adequando, mas os antigos, que são a maioria, não se adaptam. Eles teriam que ser reconstruídos, mas geralmente o que fazem é só uma maquiagem”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros de Ciudad del Este, Wilber Espínola, em entrevista ao jornal Vanguardia.
Segundo ele, é pura sorte que até agora nenhum incêndio tenha provocado mortes.
“O centro é uma bomba-relógio (…). Não estamos preparados para catástrofes em Ciudad del Este. Os prédios são muito precários, não têm sistema de prevenção ou iluminação de emergência. Há muitos que não têm nem licença”, disse o comandante.
O incêndio no shopping Hijazi, informa o Vangardia, tomou tal magnitude que foi declarada emergência geral em todo o departamento de Alto Paraná. Atuaram no combate às chamas bombeiros locais e ainda das cidades de Presidente Franco, Hernandarias e Mingua Guazú. Ao final, até mesmo os bombeiros de Itaipu contribuíram trazendo água.
A atuação dos bombeiros, diz o jornal, foi prejudicada pela infraestrutura precária, pelas ruas estreitas e congestionadas e ainda pelo emaranhado de fios da Ande, Copaco e outras empresas de telefonia e internet.
Os hidrantes para encher os carros dos bombeiros são escassos. Em todo o centro, há apenas três: um em frente à Monalisa, outro em frente à sede de governo e o terceiro no km 1,5.
Pior: “Geralmente têm falta de pressão e se perde muito tempo para encher os tanques”, comentou o comandante Espínola.
Ele também se queixou da falta de pessoal e da necessidade de renovar os equipamentos de proteção individual. “As roupas que temos já não cumprem sua função”, concluiu.