O Centro de Convenções de Foz do Iguaçu sempre foi considerado um elefante branco, desde que começou a funcionar, principalmente por não ter despertado o interesse dos organizadores de eventos, como o previsto.
Pior ainda: se tornou, na prática, um cabide de empregos dos aliados políticos de todos os prefeitos do município desde então, devido aos altos salários pagos à sua diretoria.
Agora, em síntese, a situação é a seguinte:
1-) Como a Prefeitura de Foz é a sócia majoritária da estrutura, o prefeito Chico Brasileiro, está querendo vender as ações do centro, para usar o dinheiro na construção de uma nova sede para a prefeitura;
2-) Ele enviou um projeto de Lei à Câmara de Vereadores com o objetivo de obter autorização do Legislativo para vender as ações;
3-) Por sua vez, o governo do Paraná enviou ofício à Prefeitura de Foz do Iguaçu, no dia 4 de julho, demonstrando interesse em comprar essas ações e, assim, se tornar sócio majoritário;
4-) Na Câmara de Vereadores existem dois pareceres contrários ao projeto do prefeito: um do Departamento Jurídico da Câmara e um do IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal);
5-) Esses dois documentos vão embasar o parecer final das comissões que deverão analisar a questão;
6-) Só após esse parecer é que o projeto poderá ir para análise do plenário;
7-) Caso o parecer das comissões seja contrário à proposta, e não havendo contestação/recurso, o projeto será automaticamente arquivado.
Traduzindo: depois do anúncio, na semana passada, da construção da filial do Museu Pompidou em frente ao Centro de Convenções, esse local deve se transformar em algo bastante cobiçado.
Ou melhor: vai se transformar de Elefante Branco em Joia da Coroa.