O Porto Seco de Foz do Iguaçu não traz apenas transtornos para o trânsito nas principais avenidas da cidade. Traz, também, riscos.
O Não Viu? apurou que o porto recebe cerca de 500 cargas perigosas mensalmente. Entre elas, a que mais chama a atenção é um gás venenoso usado na Primeira Guerra Mundial: o gás cloro, um asfixiante pulmonar.
O produto, apesar da letalidade, é usado pelas indústrias de papel, tecidos, pesticidas, borrachas e solventes.
O problema é: Foz do Iguaçu está preparada para os riscos de acidentes no centro da cidade com essas cargas? Tudo indica que não. Lembrando que os engarrafamentos nessas avenidas são um convite para engavetamentos e, consequentemente, incêndios e derramamento desses produtos.
E sabem quanto a cidade recebe para correr todos esses riscos e transtornos? Seria cerca de R$ 60 mil por mês em ISSQN, segundo o blog apurou. Só isso.
A título de comparação, um hotel médio de Foz recolhe cerca de R$ 150 mil, sem causar nenhum transtorno. Pelo contrário, só trazendo benefícios.
A solução, agora, está nas mãos dos vereadores de cidade. Eles precisam aprovar o Plano Diretor de Foz do Iguaçu, que prevê a transferência do Porto Seco para a BR-277 e a construção da nova rodovia adequada para o tráfego dessas cargas, que desvie esse trânsito do centro da cidade.
Até lá, quem sabe o que pode acontecer?