Ceticismo? Sei lá…
*Por Carlos Roberto de Oliveira
Ao despertar de manhã, e já se sentindo pressionado pela mesmice, veio-lhe à mente o roteiro que deveria seguir para enfrentar mais um dia em que anjos e demônios procurariam ocupar seus espaços com o firme propósito de impor suas convicções.
Necessário seria, porém, definir em que lado estaria, até porque, sem presunção ou hipocrisia, de nada havia adiantado suas buscas com suas eventuais verdades ante as transformações que o tempo – sempre ele – inexorável e implacavelmente provoca, desfazendo conceitos e afirmações.
Que loucura, pensou!
Qual nada, o tempo, dentro da realidade, não só é como sempre foi indiferente a valores, relativizando-os, e a única forma de enfrentá-lo é tentando fugir dos paradigmas e não se preocupando com erros, pois esses, por conveniência ou fraqueza humana, fazem parte do jogo da vida, tornando-se facilmente ignorados em nome de algo parecido como recuperação “moral”, obviamente que não considerando o aspecto relacionado à consciência.
Ceticismo à parte, e para não se deixar envolver pelo tédio e desesperança, a praticidade representou a opção para, sem medo de ser feliz, aprender como dizer… adeus às ilusões.
*Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu.