Chove aqui, e não ali? Conheça a “ilha de calor urbana”

Temporal em Curitiba, cuvas de final de tarde. - Curitiba, 21/02/2019 - Foto: Gilson Abreu/ANPr Foto: Gilson Abreu/AEN

No verão, é comum os paranaenses passarem pela experiência de estar em um local sob chuva intensa e conversar, por telefone, com outra pessoa, que está em um ponto diferente da mesma cidade, observando o sol.

Essa condição de chuvas irregulares é comum no verão.  Segundo o meteorologista Fernando Gomes, são três os ingredientes para a formação de nuvens e chuva: umidade, instabilidade atmosférica e mecanismos de elevação do ar.

Entretanto, fatores como relevo, vegetação e urbanização influenciam a combinação dessas variáveis, tornando algumas áreas mais propícias à ocorrência de precipitação.

Áreas urbanas
No caso das áreas urbanizadas, outros fatores influenciam a formação de nuvens de chuva, como a alta concentração de concreto, asfalto e veículos. Tudo isso ajuda a aquecer o ambiente criando um fenômeno conhecido como “ilha de calor urbana”.

“Esse calor extra aquece o ar mais rapidamente, favorecendo sua ascensão. Quando essa elevação ocorre em uma atmosfera úmida e instável, forma-se um ambiente propício para o desenvolvimento de nuvens convectivas e chuvas localizadas naquela região”, conta Gomes.

Ainda de acordo com o meteorologista, regiões com bastante vegetação têm mais umidade devido à liberação de vapor d’água, pelo solo e as plantas, na atmosfera.

Juntando isso com instabilidade e mecanismos de levantamento, aumenta o favorecimento de formação de chuva nessas áreas em comparação com as regiões mais urbanizadas.

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