Chuvarada e lixo, uma mistura dramática

Se não bastasse a enchente, o que chega do rio é muito lixo. Foto: Vanguardia

O lado bom da chuvarada: os reservatórios estão em alta e já neste mês a conta de luz vem sem a famigerada bandeira vermelha, que representa o gasto extra com a ativação das termelétricas, de custo mais alto que as hidrelétricas.

O lado ruim da chuvarada que não cessa: enchentes pipocam aqui e ali, no Sul e Sudeste do Brasil. E, agora, começam a ocorrer também aqui, na região de fronteira.

O Rio Iguaçu, que recebe águas da chuvosa região metropolitana de Curitiba, aumenta ainda mais a vazão do Rio Paraná, ali na confluência dos dois rios. E o Paranazão está como há muito não se via: esbanjando água. Que o diga Itaipu.

A consequência disso são alagamentos nas regiões mais baixas. Por enquanto, o problema ocorre só no lado paraguaio, onde há um bairro à beira do rio, o San Rafael.

Mais de 20 famílias paraguaias tiveram que ser retiradas de suas casas. E o alerta permanece.

A enchente já seria um problema se não fosse outro, provocado pelo próprio homem: a sujeira jogada nos rios.

O jornal Vanguardia foi conferir. E, no bairro San Rafael, constatou que nas águas do riacho Acaraymi, que transbordou, havia uma grande quantidade de lixo, de bolsas a garrafas plásticas, e até um óleo preto, provavelmente de motor.

Esta sujeira toda chega às casas e provoca risco de doenças.

Alerta laranja

E as chuvas continuam, em Foz do Iguaçu. Já foram tantos os “alertas laranjas” do Instituto Nacional de Meteorologia que quase já perderam impacto.

Pra hoje, tem mais um.

“Chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 Km/h), e queda de granizo Risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos”, diz o alerta.

 

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