Acusado de tráfico de influência, cumplicidade no tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro, além de associação criminosa com o traficante Reinaldo Javier Cabaña, o Cucho, o deputado paraguaio Ulises Quintana prometeu, mas ainda não se apresentou à Justiça para dar explicações.
O juiz Rubén Ayala deu prazo para que ele se apresente em audiência até o dia 21. Se não fizer isso, será declarado foragido e o juiz vai pedir que seja capturado pela polícia.
Enquanto isso, em Ciudad del Este, dirigente do Movimento Colorado Añetete, do Partido Colorado, pelo qual Ulises Quintana se elegeu, fizeram uma “ruidosa manifestação” a favor do deputado, como informa o Vanguardia.
Os dirigentes se dizem convencidos da inocência do parlamentar por que, nas campanhas eleitorais, foram eles que se encarregaram de grande parte dos gastos, já que Quintana não tinha dinheiro.
Segundo eles, o Ministério Público está atuando “com muita sanha” contra Quintana. Dizem que a promotora geral Sandra Quiñónez responde ao grupo político liderado por Horacio Cartes e Javier Zacarías Irún, que embora sejam também do Partido Colorado, estão em ala contrária à do presidente Mario Abdo Benítez.
De qualquer forma, o deputado tem muito a explicar. Em primeiro lugar, por que estava usando uma caminhonete que estava em nome do traficante.
Depois, há troca de mensagens entre ele e Cucho, em que o traficante pede que interceda em favor da liberação de um integrante da quadrilha que fora parado numa fiscalização policial com US$ 180 mil. Há ainda outras evidências de uma parceria no mínimo suspeita.