Sabe quando vão funcionar as primeiras free shops ou lojas francas em Foz do Iguaçu? Em março do ano que vem.
A informação, “em primeira mão”, foi dada pelo presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu, Mário Camargo, em reunião com autoridades e empresários de Ciudad del Este, segundo informa o jornal Vanguardia.
O encontro foi com integrantes da Câmara de Comércio e Serviços, do Conselho de Desenvolvimento de Ciudad del Este (Codeleste), com vereadores e representantes do governo de Alto Paraná, além do deputado Ulises Quintana e da senadora Nani Arrúa.
Segundo o Vanguardia, o presidente do Codefoz procurou tranquilizar o setor empresarial de Ciudad del Este.
“Estamos trabalhando para minimizar ao máximo os impactos. Vamos usar a infraestrutura e a logística paraguaia para atender as lojas francas. Acredito que não haverá nenhum problema, porque nós trabalhamos com Ciudad del Este e Puerto Iguazú como irmãos.”
“Não haverá falência, desemprego, não vão fechar empresas”, garantiu ainda.
Ele explicou que as lojas francas começam a operar a partir de março, e não antes, devido ao processo que devem cumprir os investidores para habilitar os locais de vendas. O tempo de habilitação depende se a loja construirá um prédio novo ou alugará um espaço, bem como dos trâmites legais para poder operar sob o regime aduaneiro.
Apesar de a todo momento Camargo garantir que não haverá risco para o comércio de Ciudade del Este, diz o Vanguardia, os empresários da cidade “estão seguros dos riscos que implica a habilitação de lojas francas em Foz”.
“Medo”
“Foz tem um espaço e uma infraestrutura organizada para converter-se em um grande centro comercial. Aplaudimos essa iniciativa, mas ao mesmo tempo temos medo”, disse Said Taijen, vice-presidente da Câmara de Comércio e Serviços.
Segundo ele, para seguir competindo, as aduanas devem ser transladada para fora dos acessos ao Paraguai, para liberar a circulação de veículos e pessoas. Além disso, o Paraguai precisa baixar os impostos.
A Câmara de Comércio e Serviços quer medidas urgentes do governo, por isso já solicitou integrar uma comissão para analisar o impacto das free shops. Mas, como o governo paraguaio está em fase de transição, ainda não obteve nenhuma resposta a esse pedido.