Com dinheiro da Itaipu, drones devem patrulhar a região de Foz 24 horas por dia

Em 2009, a Polícia Federal gastou uma fortuna com a compra de drones para o mesmo fim, mas eles nunca funcionaram a contento

Drone da PF parado num galpão do Aeroporto de São Miguel do Iguaçu. Foto: divulgação

Um convênio assinado ontem (07) por representantes da Itaipu Binacional, Receita Federal e Parque Tecnológico Itaipu (PTI) prevê uma rede de drones sobrevoando as fronteiras 24 horas por dia, scanners de alta precisão fazendo a leitura das cargas dos caminhões, câmeras com tecnologia de última geração verificando as placas dos veículos que entram e saem de nosso País.

O convênio tem o objetivo de utilizar a tecnologia no combate ao contrabando e ao descaminho em Foz do Iguaçu e o investimento será  de R$ 18.847.849,52 da Itaipu Binacional para a compra dos equipamentos. Outros R$ 1.064.617,84 serão dados como contrapartida da Receita Federal. O PTI será a entidade executora do projeto.

Segundo o delegado da alfândega de Foz do Iguaçu, Paulo Bini, a principal aquisição serão os drones que vão sobrevoar a fronteira 24 horas por dia, desde as proximidades da barragem da Itaipu até a foz do Rio Iguaçu e, dali, até a Ponte Internacional Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina.

Vale lembrar, no entanto, que em 2009, no governo Lula, a Polícia Federal adquiriu dois drones de altíssima tecnologia, por 27,9 milhões de dólares (cerca de R$ 150 milhões na época), dos quais um deles foi sediado em São Miguel do Iguaçu para patrulhar a região de Foz.

Porém, entre 2011 e 2016, já no governo Dilma, a PF fez apenas mil horas de voo com esses aparelhos, quando deveria ter voado mais de 40 mil horas. Resultado: eles foram repassados para a Força Área Brasileira (FAB), que, até então, tinha um drone bem mais modesto.

Agora vai?

Com informações da IB e Gazeta do Povo

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