Vamos comemorar os novos empregos em Foz, mas… com os pés no chão!

Foto: PMFI

É muito bom que Foz do Iguaçu esteja gerando um bom número de empregos formais. Mas é preciso bem mais.

A porcentagem de trabalhadores em empregos formais em Foz do Iguaçu, em relação ao total da População Economicamente Ativa (PEA), é inferior à média brasileira, por sinal muito baixa, e corresponde à metade do índice de Curitiba, por exemplo.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (de 2016), os empregos formais em Foz do Iguaçu, correspondiam a 32,7% da População Economicamente Ativa. A média brasileira foi de 35%, enquanto a de Curitiba atingiu 64,93%.

Claro que há algum motivo para comemorar os números positivos de 2018, com 961 empregos com carteira assinada de janeiro a abril, em Foz do Iguaçu. Em 12 meses, foram 1.320 empregos, o que deixou Foz em quarto lugar entre os municípios paranaenses que mais geraram empregos.

O grande problema é que a População Economicamente Ativa de Foz do Iguaçu não para de crescer. Já há um déficit de empregos para atender a massa de gente que está no mercado de trabalho, quanto mais para os recém-chegados.

Só de 2015 para 2016, passaram a fazer parte da PEA mais 756 iguaçuenses. Provavelmente um número semelhante ingressou em 2017 e outro tanto entra agora em 2018.

Hoje, mesmo com indicador negativo em relação à média brasileira, a situação de Foz do Iguaçu está melhor do que em 2014, quando apenas 25,4% da População Economicamente Ativa estava empregada formalmente. Na época, para alcançar a média brasileira, quase 14 mil pessoas precisariam encontrar emprego.

Estudo do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteira – Idesf – calculava que a maioria dessas pessoas estava envolvida diretamente com o contrabando, o que significa depender para viver de uma atividade arriscada e ilegal.

Isso não mudou. A criação de empregos no setor de serviços, principalmente, amenizou o problema, apenas. É preciso comemorar os novos empregos, mas com cautela e pés no chão.

PEA

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define a População Economicamente Ativa como a mão de obra com a qual o setor produtivo pode contar, ou seja, o número de habitantes em idade e condições físicas para exercer algum ofício no mercado de trabalho.

 

 

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