Confira se os vinhos apreendidos no Brasil são falsificados, os preços e as marcas preferidas

Os vinhos que chegam ilegalmente não possuem o aval do Ministério da Agricultura, o que impede a garantia da autenticidade da bebida

Foto ilustrativa: divulgação/PF

No primeiro trimestre deste ano, já foram contabilizados mais de R$ 2 milhões em vinhos apreendidos pelos órgãos de fiscalização do Brasil, por entrarem irregularmente no país.

De acordo com a Receita Federal, a grande maioria dos vinhos apreendidos sai da Argentina. De forma geral, as marcas retidas refletem as que têm mais saída no mercado consumidor. A maior parte, bebidas produzidas em vinícolas de grande porte da Argentina.

Preços – Na prática, os vinhos mais comuns trazidos para o Brasil são os argentinos Cordero Com Piel de Lobo e o DV Catena.

Por se tratar de grande quantidade, quem trabalha com o comércio clandestino de bebidas chega a comprar o Cordero Com Piel de Lobo, por R$ 12,00 e vende a garrafa, em média, por R$ 18,00.

 

Já o DV Catena é comprado por R$ 41,00 e é vendido por R$ 50,00, na média. Lembrando que esses valores variam muito, dependendo da quantidade comprada, do fornecedor e da região da cidade onde os vinhos são comercializados.

Na comparação com os preços encontrados em vários sites aqui no Brasil, esses produtos que entram irregularmente estão bem abaixo do valor de mercado e praticamente anulam a concorrência.

O argentino Cordero Con Piel de Lobo, por exemplo, é encontrado aqui por cerca de R$ 40,00, R$ 50,00, e o DV Catena, passa dos R$ 100,00 de acordo com alguns sites de e-commerce.

Falsificação – A Receita Federal também informou que, embora possam ser encontradas garrafas adulteradas, não há indícios de que a maioria dos vinhos seja falsificada.

 

Os vinhos importados legalmente apresentam o chamado “contra-rótulo”, onde estão identificados, entre outros dados, o número do registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o nome do importador responsável, com número do CNPJ.

Porém, os vinhos que chegam ao país ilegalmente não possuem o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o que impede a garantia da autenticidade da bebida.

Destinação – A legislação brasileira permite que os vinhos apreendidos sejam incorporados, destinados a leilão ou destruídos.

No Paraná e em Santa Catarina, a Receita Federal busca sempre que possível transformar o vinho em outros produtos (álcool gel, geleia ou insumo para pesquisas universitárias) da maneira ecologicamente mais viável, com o cuidado de também realizar a reciclagem das garrafas e das embalagens.

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