Ontem (08), pelo quarto dia consecutivo, foram realizadas manifestações para exigir a renúncia do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do seu vice, Hugo Velázquez, e, também, o fim da corrupção.
As manifestações ocorrem em todo o Paraguai, mas estão concentradas em Assunção, capital do país, que atravessa uma crise sanitária e socioeconômica.
Um dos fatores que mais acirraram a revolta dos paraguaios foi o fato do presidente Benítez ter contraído, em 2020, um empréstimo de 1,6 bilhão de dólares para combater a pandemia de Covid-19, com a provação do Congresso do Paraguai, porém só uma parte do dinheiro apareceu, até agora.
Segundo o jornal ABC Color, apenas 683 milhões de dólares (43% do total) foram aplicados no combate à pandemia.
Ainda segundo o jornal, o presidente do Paraguai quer contrair mais empréstimos.
Existem também denúncias de superfaturamento na compra de insumos para combater a Covid-19.
Um exemplo foi levantado pela Coprofam (Confederação das Organizações de Produtores Familiares do Mercosul).
Segundo a denúncia, o Ministério da Saúde paraguaio pagou 685 dólares por uma cama que, no mercado interno, custa 180 dólares e pode ser adquirida diretamente da China por 100 dólares.
Com informações do ABC Color e Coprofan