Contrabando de cigarros financia crime organizado, diz especialista

O contrabando de cigarros é o principal financiador do crime organizado na fronteira, afirmou Edson Luiz Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial – ETCO, na abertura do encontro da Aliança Latino-Americana Anticontrabando, que se realiza desde esta terça (28), no Palácio Itamaraty, em Brasília.

O encontro, que termina amanhã, reúne representantes do setor privado e do governo de vários países da América Latina.

Inclusive do Paraguai, país que responde hoje por quase metade dos cigarros consumidos no Brasil e na Argentina, que entram ilegalmente nos dois países.

Segundo Edson Vismona, o cigarro é hoje o produto mais contrabandeado (representa 37% do total), porque que dá muita liquidez ao crime organizado.

Ele lembrou que o crime organizado financiado pelo contrabando está invadindo o Paraguai, o que põe em risco a segurança de toda a região.

Os fatores que incentivam o contrabando são a assimetria tributária entre os países da região e o frágil controle aduaneiro.

E destacou que o Paraguai é o país com a menor carga tributária sobre a produção de cigarros. “Em qualquer lugar do mundo se impõe um alto imposto ao cigarro, menos no Paraguai. É o mais baixo da região”, disse.

Abertura do encontro, em Brasília, nesta terça. Foto: Arthur Max / AIG-MRE
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