Conversa de botequim II

O bar é o único lugar que você chama o amigo de barrigudo, exibindo uma barriga que é o dobro da dele

Bar do Juca. Foto: Não Viu?

Conversa de botequim II

*Por Carlos Galetti

Sábado fui ao bar do Juca, confesso que me diverti, diante das conversas que só no bar acontece. Perdemos nosso amigo Beto Mezomo, mais um que a covid levou, mas o triste é que soubemos que não tomou vacina, pois era contra.

Além de suas comorbidades, agravou a situação o enfisema pulmonar, por conta de muitos anos de tabagismo, do qual abusou.

Depois, começamos a resolver os problemas do país ali, diante da cerveja gelada, opinando sobre os vários caminhos para a solução, destituindo senadores do cargo, debatendo até problemas médicos sobre a pandemia.

Impressionante, aparecem os juízes togados, os políticos honestos que cheguei a pensar que não existiam. Um amigo discorreu sobre as características e composição da ivermectina, apresentando seus efeitos e benesses. Bonito de se ver, discutiu até com o doutor de verdade, presente na ocasião.

Realmente no bar nem todo mundo é igual, existem aqueles diferentes, que marcam com suas presenças e modo diferente de ser.

O bar é o único lugar que você chama o amigo de barrigudo, exibindo uma barriga que é o dobro da dele. Ou então fala do cabelo pintado do amigo, dizendo que o cara pinta o cabelo, recebendo como resposta que não, pois quem pinta é sua esposa.

Nesse ambiente somos cantores, sábios e didatas em qualquer assunto, somos donos da verdade, participantes das soluções nacionais, às vezes até internacionais.

Depois, saí do Bar do Juca, indo para o espaço Papi, ao lado do Tirol. Ambiente gostoso, com uma cerveja especial e gelada, um tira-gosto da hora e um papo com gente boa de papo. Revi amigos, sempre aprendo mais um pouco, acrescentando a leveza dos bons momentos ali passados.

Hora de descansar, despeço dos amigos e parto para o lar. Chegando em casa sou convidado a levar a esposa, filha e neta para tomar sorvete. Confesso que não era o meu melhor plano, mas a neta merece e, um sorvete sempre é bom para adocicar a vida.

Meu filho e minha nora tinham saído e, por isso minha neta estava conosco. Sempre é legal ter minha neta por perto, por incrível que possa parecer, me traz mais para a realidade, faz-me pensar no futuro, na preservação da saúde. Afinal tem outra neta que chega no final do ano.

Queira Deus esteja bem forte para fazer frente a estes eventos, que estejamos, eu e minha velhinha, firmes e fortes para ainda ajudar muito meu filho e nora, nessa dura missão de educar a netinha que aí está e sua irmã que está por vir. Que Deus nos abençoe.

*Carlos Galetti.

Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg. 

Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.

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