Conversa de botequim

Foto ilustrativa: Pixabay

CONVERSA DE BOTEQUIM

*Por Carlos Galetti

Muitos falam “butiquim”, mas é “botequim”.

Inicio com essa formalidade para dizer que, “no bar nem todo mundo é igual, que o seu caso é mais um, é banal…”, como dizia Reginaldo Rossi.

Explico: quero aqui defender a tese de que no bar só se fala de coisas importantes, pois é o espaço em que desenvolvemos a cultura geral, falando do alfinete ao foguete, isso com toda a propriedade e sabedoria.

Diante de um balcão, ensinamos e aprendemos sobre medicina, seja nuclear ou quântica, conversamos da intimidade de Darwin ou Malthus, da evolução do planeta, da involução dos homens e até da medicina mais rudimentar, contando com o intercurso de verdadeiros “craques” da medicina, né Seu Adalbio?

Sou muito cioso da minha saúde, talvez por isso que frequento tantos bares e conheça tantos experts na medicina caseira ou formal. Uma das grandes verdades que tenho comigo, é que tomo o destilado por acreditar que este oferece a proteção contra os vírus.

Pergunto: alguém já viu estes pinguços com dengue, chicungunha ou corona?

Mas não é só da parte de saúde que se fala no bar, no feriado falávamos da segunda guerra mundial; veja, desconhecia que chovera no ataque da Normandia, que embarcações viraram, gente morreu afogada, vejam que interessante.

Está na chuva é pra se molhar, chegou no bar, prepare-se pra tomar partido, pois a qualquer momento você poderá e será questionado, qual a sua opinião?

Por essa e tantas outras é que vamos ao bar, mesmo que tenhamos a loura gelada na nossa casa. No bar temos a companhia, insubstituível, do bate papo.

Neste espaço exercitamos todos os sentidos, falamos muito, ouvimos muito, sentimos o cheiro do tira-gosto, provamos de tudo um pouco e não tocamos tudo que gostaríamos, mas o tato fica aguçado.

Enfim, uma ode ao bar, onde enriquecemos nossa cultura e realizamos nossos projetos de vida.

Venha para o bar você também!

*Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg. 

Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.

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