Correios, agonia em praça pública também em Foz

Agência Naipi: guichês vazios e uma imensa espera, de quase uma hora.

Desmandos políticos, política de desmonte. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ou Correios, como virou marca – já foi a estatal mais exemplar do Brasil. Hoje, agoniza.

A agência dos Correios na Avenida Brasil, em Foz – agência Naipi – sofre com falta de pessoal. E o povão paga por isso, com tempo na fila.

Nesta quarta-feira, 14, a espera média pra enviar um simples Sedex superou os 50 minutos. Ineficiência dos empregados?

Aparentemente, é bem pior que isso. Guichês vazios, enquanto se viam aqui e ali empregados carregando encomendas de um lado para outro, sem pausa.

Na verdade, o fenômeno é nacional. Há uma “operação desmonte” dos Correios, com fechamento de agências
e a não reposição dos empregados que se aposentam, por exemplo. Ou até dos que foram estimulados a aderir a um programa de demissão voluntária.

Há quase sete anos que os Correios não promovem concursos para preencher vagas.

O desmonte é consequência direta da má administração. Não à toa, a imagem de vídeo que mostrava um funcionário dos Correios negociando propina com um suposto empresário, em 2005, virou símbolo de corrupção.

Lembra de Roberto Jefferson, aquele que chegou até a ser preso no escândalo do mensalão? Pois é, o tal empresário do escândalo dos Correios disse que tinha respaldo dele.

Depois disso, viu-se que a corrupção era bem maior do que se imaginava. Mas isso é outra parte de uma triste história sem fim.

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