Corrupção: Paraguai continua sendo o segundo país mais corrupto da América do Sul

A Venezuela, que lidera em toda a América, tem uma classificação de 13 pontos

Assunção, capital do Paraguai. Foto: MOPC/divulgação

O Ranking da organização alemã Transparency International coloca o Paraguai como o segundo país mais corrupto da América do Sul, atrás apenas da Venezuela e à frente da Bolívia.

No ranking, o Paraguai tem nota 28 pontos em 100, sem variação negativa ou positiva em relação ao ano anterior. A Venezuela, que lidera em toda a América, tem uma classificação de 13 pontos.

A classificação aumenta no caso dos países menos corruptos e diminui no caso dos países mais corruptos.

O relatório de 2023 aponta os desafios do Judiciário para deter a corrupção na região, e indica que a falta de independência do Judiciário favorece a impunidade dos poderosos e corruptos. Em resumo, o “Poder Judiciário no continente americano não está cumprindo o papel crucial de contrapeso aos demais poderes do Estado”.

A ausência de independência judicial enfraquece o Estado de direito, promove a corrupção e fomenta a impunidade para os corruptos e poderosos. Abordar este problema é essencial para combater eficazmente a corrupção e garantir o bom funcionamento do sistema de freios e contrapesos, numa região cuja média permanece em 43 e dois terços dos países estão abaixo dos 50 pontos”, detalharam.

No nível global, o Paraguai ocupa a 136ª posição em uma lista de 180 países, enquanto o Uruguai ocupa a 16ª posição, com uma classificação de 73, à frente dos Estados Unidos, que tem uma classificação de 69, e atrás do Canadá, que tem 76.

Daniel Eriksson, diretor executivo da Transparency International, disse que a corrupção agrava a injustiça social e afeta desproporcionalmente os mais vulneráveis.

Em muitos países, continuam a existir obstáculos que impedem as vítimas de corrupção de obter justiça. Chegou a hora de remover obstáculos e garantir que as pessoas possam ter acesso efetivo à justiça. Todas as pessoas merecem sistemas jurídicos justos e inclusivos, onde as vozes das vítimas sejam ouvidas em todas as instâncias. Qualquer outra possibilidade será uma afronta à justiça”, frisou.

O Índice avalia 180 países e territórios em todo o mundo com base nas percepções do nível de corrupção que existe no setor público, utilizando dados de 13 fontes externas, incluindo o Banco Mundial, o Fórum Econômico Mundial, empresas privadas de consultoria e avaliação de riscos, grupos especializados e outras fontes.

As pontuações refletem as perspectivas expressas por especialistas e atores da área empresarial, mas não pelo público em geral.

Saiba mais acessando https://www.transparency.org/en/cpi/2023

Com informações do Última Hora

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