Covid-19 mata o ex-diretor da Itaipu que equilibrou as finanças da usina

Ele também economizou 120 milhões de dólares para o Brasil, quando abriu concorrência internacional para instalar as duas últimas unidades geradoras de Itaipu

Reprodução da capa do livro.

Morreu nesta terça-feira (16), aos 89 anos, o ex-diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Euclides Scalco, um dos maiores ícones da política do Paraná e do Brasil.

Scalco foi deputado federal atuante e um dos mentores que ajudaram a escrever a Constituição de 1988, ao lado de Fernando Henrique Cardoso.

Quando assumiu a direção da Itaipu, entre 1995 e 2002, uma de suas principais ações foi reestruturar a situação financeira da usina, com um trabalho que culminará com o total pagamento da dívida bilionária da Itaipu em 2023.

Segundo relata o livro “Euclides Scalco: o homem, seu tempo e sua história“, de Marcos Antonio Bastiani, lançado no ano passado, Scalco explicou o seguinte sobre a dívida da Itaipu.

O Tratado dizia que, em 2023, a empresa teria que estar amortizada e fizemos uma prospecção do que aconteceria até lá, se as condições de faturamento continuassem como estavam.

 Chegamos a um dado: se não houvesse uma negociação, a dívida atingiria 88 bilhões de dólares o que seria insustentável.

Eu fui ao presidente Fernando Henrique, mostrei a situação, e disse que era preciso tomar providências.

Assim foi assinado o contrato de renegociação da dívida.

Além disso, a tarifa da Itaipu estava congelada desde 1991 e havia a necessidade urgente de renegociar as tarifas e os juros que eram pagos, de 10% a 12%, o que chegaria perto de 18% ao ano.

Ele também foi o responsável por economizar 120 milhões de dólares para o Brasil, quando abriu licitação internacional para escolher a empresa que iria montar as duas últimas unidades geradoras da usina.

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