Crime organizado pode estar por trás do roubo de fuzis da polícia paraguaia

Na réplica, houve o cuidado de incluir até mesmo o número de série da arma verdadeira. Foto: ABC Color

O Ministério Público paraguaio suspeita que haja uma estrutura organizada por trás do roubo de 42 fuzis da Polícia Nacional, substituídos por réplicas de madeira.

As armas – fuzis Fal de fabricação brasileira – já devem ter ido parar no mercado negro, onde o preço de cada uma pode chegar a US$ 10 mil. Há ainda suspeitas de que o número de armas furtadas seja ainda maior.

O desaparecimento das armas foi constatado na sexta-feira passada, dia 24, na sede do Departamento de Armamentos e Munições da cidade de Capiatá.

Os fuzis, segundo o Departamento de Investigações, haviam sido encaminhados ao local, em caráter de guarda, por distintas chefaturas policiais.

Os ladrões das armas deixaram no local réplicas feitas de madeira, para evitar que o roubo chamasse a atenção mais rapidamente.

O Fal de fabricação brasileira. Obsoleto, mas de alto valor no mercado negro.

Embora fuzis deste modelo já tenham sido substituídos por outros mais modernos, o valor no mercado negro é alto porque estavam em bom estado de funcionamento. São armas pesadas, que podem disparar de 650 a 700 tiros po minuto, se usadas como metralhadoras.

Os coletes à prova de balas normalmente utilizados pela polícia paraguaia não resistem a um projétil do Fal.

Além das armas de grosso calibre, outras 90 armas leves foram reportadas como desaparecidas pela Polícia Nacional.

Até agora, ninguém foi preso. O único punido com destituição do cargo foi o chefe do Departamento de Armas e Munições, José Segovia.

Segovia disse, ao sair, que quando assumiu o departamento, em janeiro deste ano, aprovou sem analisar o inventário entregue por seus subalternos.

Fontes: Última Hora e ABC Color

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