Crise argentina cancela projeto de cruzeiro de luxo que beneficiaria Puerto Iguazú

Foto: Misiones On Line

Um barco catamarã de luxo iria ligar a reserva natural Esteros de Iberá, um dos circuitos de aventuras mais atrativos da Argentina, com as Cataratas do Iguaçu.

Iria. O empresário equatoriano Eduardo Diez desistiu da operação, devido à instabilidade econômica da Argentina e às altas taxas bancárias para financiar a remodelação do barco.

Eduardo Diez comprou o luxuoso catamarã na Itália, há um ano, mas precisava de crédito na Argentina para fazer adaptações no barco. Como o crédito demorou muito, a desvalorização fez com que se perdesse metade do valor necessário para iniciar a reforma na embarcação, segundo noticia o El Independiente Iguazú.

A firma de Diez, a equatoriana Quasar Expeditions, investiu US$ 1,5 milhão na compra do catamarã, mas precisava de mais US$ 3,5 milhões para a remodelação, que incluía o desenho dos camarotes, hotelaria, restaurante e serviços de alta gama. Seriam contratadas entre 20 e 25 pessoas locais para operar o barco.

Em setembro do ano passado, o empresário disse: “Quando o barco chegar aqui, terminaremos o processo de nacionalização, que lamentavelmente na Argentina não é muito rápido, há muita papelada. Mas nós, latinos, estamos acostumados ao trâmite”, afirmou, em entrevista ao portal Economis.

Desta vez, ele perdeu a paciência e desistiu do negócio.

A perda

A Quasar Expeditions pretendia iniciar as operações dos cruzeiros de luxo no final deste ano ou início de 2019, entre a cidade de Ituzaingó, em Corrientes, e Puerto Iguazú.

O barco teria 15 camarotes e o cruzeiro seria feito a cada duas semanas, em viagens de quatro e cinco noites, com paradas para visitar Posadas, as ruínas de San Ignacio e outras localidades, além das Cataratas e da reserva de Esteros.

O cruzeiro seria para turistas de alto poder aquisitivo, que poderiam pagar US$ 800 por noite, com tudo incluído. A intenção era atrair principalmente estrangeiros.

Depois que o barco começasse a operar, a intenção era construir um segundo catamarã, na Argentina mesmo.

Fontes: El Independiente Iguazú, Economis e Misiones On Line

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