O atraso nas colheitas e a dificuldade de escoamento da produção, provocados pela chuvarada de outubro, provoaram aumento médio de 50% no preço dos tubérculos, raízes e legumes.
Foram esses produtos que mais impactaram no Índice de Preços do Consumidor (IPC-Foz), que calcula a variação da cesta básica.
Em outubro, o aumento foi de 2,82% em relação a setembro, segundo a última edição do boletim do Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da Unila.
As maiores variações foram observadas no preço do tomate, que chegou a subir 74%, e da batata (67%).
Entre as frutas, a melancia foi a que mais aumentou no período, com 47,3%. “O escoamento da melancia foi dificultado pelas chuvas, principalmente nas lavouras goianas, reduzindo, assim, a oferta no mercado nacional”, explica o coordenador do Cepecon, Henrique Kawamura.
Em contrapartida, o valor da banana nanica reduziu 7,4%, e do mamão, 1,5%.
As carnes, em geral, aumentaram no último mês, com destaque para o peito bovino (16,7%), paleta (8,9%), alcatra (6,7%) e patinho (5,3%).
As únicas carnes que tiveram redução no preço foram a carne de porco (-8,69%) e o coxão mole (-0,94%). Também está mais barato comprar frango em pedaços (-9,8), ovos (-12,2%), leite UHT (-4,48%), queijo (-2,04%) e iogurte (-4,6%).
O IPC-Foz é calculado a partir do levantamento de preços em supermercados e pontos de venda nos principais bairros de Foz do Iguaçu. O boletim, na íntegra, está disponível em http://www.cepecon.com/.