Diminui o número de crimes no Paraná. E Foz segue a tendência

Divulgação SESP

Foram 509 assassinatos de janeiro a março deste ano, no Paraná. Um número assustador, mas ainda assim representou o primeiro trimestre menos violento em mais de uma década, segundo a Secretaria da Segurança Pública. No ano passado, de janeiro a março, foram 625 assassinatos.

Em Foz, houve 15 assassinatos no trimestre, um a mais que nos primeiros três meses de 2017. Mas outros indicadores de violência tiveram queda, acompanhando a tendência no Paraná.

No ano passado inteiro, o Paraná registrou 2.184 assassinatos, também o menor número em dez anos. Em Foz, foram 74 homicídios, um deles por latrocínio (em que a vítima do roubo é morta).

Roubos

O número de roubos no primeiro trimestre diminuiu 27% no Paraná, em comparação aos três meses iniciais de 2017.

Também houve diminuição no roubo e furto a veículos neste ano em relação a janeiro, fevereiro e março de 2017. O roubo a veículos caiu 29% e o número de furtos registrou queda de 7,5%.

Em Foz

No primeiro trimestre deste ano, houve 2.765 crimes contra a pessoa em Foz do Iguaçu, número um pouco abaixo dos 2.774 registrados de janeiro a março de 2017.

Foram ainda 2.806 crimes contra o patrimônio (3.209 nos mesmos meses de 2017), 67 crimes contra a dignidade sexual (dois a mais do que no primeiro trimestre do ano passado) e 441 crimes contra a administração pública (ante 336).

Houve 212 furtos de veículos este ano, ante 220 no primeiro trimestre de 2017; e 98 roubos, ante 185 de janeiro a março do ano passado.

Paraná

Foto – Antonio Costa

Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública, apenas três apresentaram aumento no número de homicídios no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o de 2017, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

Entre as que estão na contramão da queda geral em assassinatos está a AISP de Paranaguá, que abrange os municípios do litoral e que registrou nove mortes a mais em 2018: foram 29 em 2017 e agora 38.

“O aumento do número de homicídios em Paranaguá foi pontual e pode ser atribuído à disputa pelo domínio do tráfico de drogas em basicamente duas regiões distintas. A polícia civil de Paranaguá agiu com rigor frente a este aumento, já elucidou 85% dos homicídios praticados e prendeu 90% desses autores até o presente momento”, afirmou o delegado de Paranaguá, Rogério Martins.

Ele explicou que essa ação de combate ao tráfico refletiu positivamente nos crimes patrimoniais, que são em sua maioria os que fomentam o tráfico. Por esta razão, houve uma considerável diminuição nos índices de furtos (-26%) e roubos (-19%) na região do Litoral do Paraná.

“Isso demonstra com clareza a importância de se combater crimes como homicídio e tráfico de drogas, automaticamente se reprimem crimes de outras naturezas e que mais causam na população a sensação de insegurança”, acrescentou o delegado.

“Nos locais onde não houve redução nos índices de criminalidade, principalmente na região do Litoral do Estado, já estão sendo desencadeadas operações, como foi feita na semana passada, de repressão ao tráfico de drogas e outros, que tem correlação com demais ocorrências, como os crimes patrimoniais e crimes de homicídio”, afirmou o secretário Julio Reis, se referindo à megaoperação batizada como Tellure.

Desencadeada em conjunto pelas polícias Civil e Militar, resultou na prisão de quase 50 pessoas de 13 quadrilhas de tráfico de drogas, no dia 6 de julho. Houve ainda mais quatro prisões essa semana, efetuadas pela Polícia Militar, de indivíduos suspeitos de envolvimento no tráfico de drogas.

Houve aumento nos homicídios na área integrada de São Mateus do Sul (de 7 para 10 casos) e Umuarama (21 para 28). Ambas, contudo, também seguiram a tendência de queda nos crimes patrimoniais.

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