Diminui participação do comércio na economia de Ciudad del Este

Comércio já não tem a importância de outras épocas. Foto: Vanguardia

Não há dados oficiais, mas economistas ouvidos pelo jornal Vanguardia concordam que o comércio fronteiriço tem cada vez menor participação na economia de Ciudad del Este.

De outro lado, aumenta a importância de setores emergentes, como o de serviços vinculados ao agronegócio, a indústria maquiladora e até as faculdades privadas.

O especialista Aníbal Amado Núnez, da Sociedade de Economia Política do Paraguai, calcula queo comércio que se desenvolve no microcentro responde apenas por 15% da economia de Ciudad del Este.

“Faz 15 anos que vem diminuindo sua importância. As queixas já vêm desde os anos 1980. Nos anos 1970 criaram-se grandes milionários mediante a triangulação, mas foram diminuindo com as políticas do Brasil, como o estabelecimento de cotas”, afirma.

Já o economista José María Ayala Cambra, futuro secretário de Planejamento do governo de Alto Paraná, acha que é muito difícil calcular um percentual sobre o impacto econômico do comércio de Ciudad del Este.

Mas concorda que, embora sem a mesma relevância de antes, o microcentro comercial continua sendo fundamental para a economia da cidade.

“É que se iniciou todo um processo de diversificação econômica. Hoje Ciudad del Este é também provedora de serviços agrícolas, há todo um processo de industrialização, com os parques industriais e as zonas francas”, destaca.

Ele considera ainda que o desenvolvimento de Ciudad del Este deve ser pensado a partir de uma perspectiva departamental.

“Pela primeira vez estamos pensando um plano de ordenamento territorial do departamento, que será dividido em seis núcleos de desenvolvimento. Devemos pensar também em uma perspectiva que inclua as cidades fronteiriças de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú”, conclui.

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