O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, anunciou nesta quarta-feira, 21, que vai deixar o cargo no dia 5 de abril.
Vianna comunicou sua decisão, inicialmente, a um círculo próximo de colaboradores, que participam do Fórum Mundial da Água, em Brasília. Ele disse que aceitou um convite do Grupo Delta para assumir um cargo executivo.
Ele completa um ano no cargo nesta sexta-feira, dia 23. Em Itaipu, neste curto período, Vianna conseguiu imprimir sua marca pessoal. Para o público interno, criou o “Bate-papo com Vianna”, em que reunia grupos de empregados, mensalmente, para uma conversa franca e aberta.
Enquanto esteve no cargo, Itaipu manteve a produção em alta, inclusive com recorde histórico de geração nos dois primeiros meses deste ano.
Em sua gestão, a equipe técnica preparou os editais para a atualização tecnológica da usina, que devem ser publicados ainda este ano, e tiveram início os estudos para a negociação com os paraguaios sobre o Anexo C do Tratado de Itaipu.
O agora quase ex-diretor-geral brasileiro de Itaipu tem ligação com Foz do Iguaçu, já que seu pai, coronel Clóvis Cunha Vianna, foi prefeito da cidade durante o período de construção da usina, e sua mãe, dona Léa, ganhou notoriedade por ter fundado a Guarda Mirim.
Quem vem?
Não se sabe ainda quem substituirá Luiz Fernando Leone Vianna. Não se sabe, também, se os outros diretores brasileiros de Itaipu vão permanecer no cargo. É possível que o presidente Michel Temer opte por uma solução caseira para a diretoria geral brasileira.
Embora não atrele sua saída a questões políticas, Vianna deixa o cargo dois dias antes do prazo máximo (7 de abril) para desincompatibilização de quem tem cargo público para concorrer nas próximas eleições, o que pode incluir até mesmo o presidente Michel Temer.