Diretora do FMI diz que confia no futuro do Paraguai, faz elogios e recomendações

Christine Lagarde. Foto: Aníbal Gauto, jornal La Nación

O Paraguai está “bem na fita” com o Fundo Monetário Internacional, que a maioria dos países considera no mínimo um mal necessário, quando não um “monstro”.

Em visita a Assunção, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, disse ontem, 14, em palestra no auditório do Banco Central paraguaio, que tem “uma grande confiança no futuro deste país”.

Ela elogiou o desempenho econômico do Paraguai e lembrou que, agora, o desafio “é empreender as reformas para impulsionar o crescimento e seguir reduzindo a desigualdade e a pobreza”.

A desigualdade social, segundo Lagarde, “entorpece o crescimento”, não garante um crescimento sustentável.

“A infraestrutura, o transporte, o investimento em educação e saúde, tudo isso é fundamental para o crescimento necessário em cada país. No momento, o sol está brilhando, por isso é o momento adequado para as reformas”, disse ainda.

Christine Lagarde elogiou as pessoas que conheceu no Paraguai e se disse “impressionada sobretudo por sua confiança, energia e espírito empresarial”. Por isso, completou, “tenho uma grande confiança no futuro deste país”.

Empoderamento feminino

Lagarde e a ministra da Fazenda do Paraguai, Lea Giménez

Reconhecida por sua liderança não só no âmbito das relações financeiras internacionais como também no empoderamento da mulher, Lagarde assinou pelo FMI uma declaração conjunta com o governo do Paraguai para o empoderamento econômico, social e político da mulher paraguaia.

O documento, apresentado pela ministra da Fazenda, Lea Giménez, afirma que o empoderamento das mulheres “é crucial no Paraguai e deve ser considerado uma prioridade para a sociedade em seu conjunto”.

“O empoderamento das mulheres e meninas traz consigo um melhoramento da saúde, da economia e do bem-estar da população inteira, que se demonstra com a forte correlação entre o aumento da população feminina em cargos de liderança e os altos retornos econômicos e níveis de inovação”, diz o documento.

O documento assinala que, hoje, as mulheres têm uma participação de apenas 17% no parlamento, cifra similar à que se observa em lideranças femininas na economia formal.

Depois da leitura do documento pela ministra da Fazenda, a diretora do FMI afirmou que o empoderamento da mulher não é apenas um imperativo moral, mas também que ele exerce um rol econômico ativo, conforme foi comprovado por estudos do próprio Fundo Monetário Internacional.

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