Diretoria Jurídica de Itaipu no Paraguai recomenda demissão de funcionário acusado de assédio sexual

Arturo Giménez, o ex-superintendente. Foto: Arquivo ABC Color

Depois de um ano de investigações, a Itaipu Binacional, no Paraguai, decidiu entrar com processo de demissão contra o ex-superintendente de Serviços Gerais Arturo Giménez, acusado de assédio sexual contra uma menor aprendiz da entidade.

A informação foi dada nesta quinta (1), pela diretora jurídica de Itaipu, Yris Magnolia Mendoza, em coletiva de imprensa.

Embora ela não tenha usado a expressão assédio sexual, disse que foram comprovados “atos irregulares que envolvem o empregado Arturo Giménez”, segundo informa o jornal ABC Color.

Disse que ele fez “mau uso de suas atribuições como superintendente e incorreu em atos proibidos pelo regulamento”.

Disse, ainda, que ao instar que um subordinado subtraísse os telefones celulares da aprendiz e também de sua secretária, que eram amigas, e logo depois solicitar o comparecimento de uma escrivã no posto de trabalho de Mariza Irigoyen, a vítima, “cometeu assédio”.

Com o resultado da investigação, a diretora jurídica decidiu recomendar a suspensão do contrato de trabalho de Giménez, para posteriormente iniciar o julgamento da justificação de demissão, porque o empregado conta com estabilidade especial, já que tem 10 anos e alguns meses de empresa.

O empregado Gustavo Santander, o segurança a quem Giménez pediu que furtasse os celulares, foi absolvido, tendo em conta que ele informou esta situação a seu superior e não cometeu o ato solicitado pela funcionária Alma Alfonso, que foi quem fez o pedido em nome de Arturo Giménez.

O caso

Depois de saber pela própria vítima que ela tinha em seu celular mensagens que comprovariam o assédio sexual, que compartilhara com a secretária dele, o então superintendente pediu a uma funcionária que acionasse um segurança para furtar os telefones delas.

Segundo ele diz no áudio, a menor aprendiz estava espalhando ter sido vítima de assédio, e que isso seria por ter “problemas psiquiátricos”.

O ex-superintendente temia que o caso chegasse ao conhecimento de sua mulher, por isso pediu à funcionária que, entre os seguranças (contratados por sua área, em Itaipu), fosse encontrado um que fizesse “um trabalho sujo” – o furto dos celulares das duas.

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