Dono de grande área suja no centro de Foz não se importa de ser multado todos os anos

Terrenos localizados no centro da cidade podem valer milhões de dólares, por isso as multas não fazem nem "cócegas" em alguns proprietários e, para eles, é melhor a prefeitura limpar

Fiscalização com o uso de drones começou nesta quarta-feira. Foto: Thiago Dutra/PMFI

A Secretaria Municipal da Fazenda está intensificando as ações de fiscalização a imóveis e terrenos de difícil acesso com o uso de drones, equipamentos doados na semana passada pela Receita Federal.

Na manhã desta quarta-feira (22), as equipes percorreram a região central da cidade, em locais denunciados pelos moradores via central 156 ou pelo aplicativo eOuve como medida de combate à dengue.

Na avenida Marechal Floriano Peixoto, os fiscais utilizaram o drone para verificar um terreno murado onde o mato passa de dois metros de altura. No local, também foram encontrados resíduos que podem acumular água e se transformar em criadouros do mosquito da dengue, o Aedes aegypti.

De acordo com o chefe da fiscalização José Roberto Ferreira, o proprietário do terreno já foi autuado outras vezes.

“Todo ano esse imóvel é multado. O proprietário já tomou conhecimento, mas é a mesma coisa sempre. Desta vez, não será diferente, ele receberá a multa que poderá passar de R$ 15 mil, tendo em vista o tamanho do terreno e o fato de que a prefeitura deverá fazer a limpeza”, contou.

“Faz 11 anos que moro aqui ao lado e sempre foi assim, o proprietário não cuida”, disse um vizinho que mora ao lado do imóvel.

Vale ressaltar que terrenos vazios, localizados no centro da cidade, valem dezenas de milhões de dólares, dependendo da localização e do tamanho, por isso as multas não fazem nem “cócegas” em alguns proprietários e, para eles, é melhor a prefeitura limpar.

Foz do Iguaçu contabiliza 16.881 notificações e 1.103 casos confirmados de dengue. Três pessoas morreram vítimas da doença.

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