Drible no Vírus

Surge a “ômicron”, é cepa daqui e cepa de lá, quando pensamos que acabou está só começando

Ilustração: Pixabay

Drible no Vírus

*Por Carlos Galetti

Vivemos tempos futebolísticos, apesar de estarmos fora de temporada. É que estamos praticando verdadeiros dribles na busca pela sobrevivência.

Surge a “ômicron”, é cepa daqui e cepa de lá, quando pensamos que acabou está só começando. Tá difícil essa vida de cristão, ameaçada de todos os lados.

Começou com o H1M1, depois veio o H1M2, seguido do H2M2, aí surge o indelével H3M3, chegando ao H10037M4309, indo por aí a fora, e o sujeito dando uma de toureiro e driblando todos esses vírus e variantes, acaba por sucumbir ou levando uma vida de maratonista, correndo mais do que a morte, gritando por fim: – SOCORRO!!!

O fato é que tem mais vírus que gente, a desvantagem está gritante, parece até aqueles jogos de campo de várzea, em que o time adversário é apoiado pelo traficante do bairro, você chuta a bola e torce pra ela não entrar.

A boa notícia é que a medicina deu outro tratamento a estas variantes atuais, procurando não alarmar desnecessariamente a população.

De acordo com a gravidade da situação, medica o peão e manda pra casa, tirando aquele estresse que habitava nos corações, quando dos tratamentos do ano passado e anterior, quando o positivado era encaminhado à administração para pegar sua certidão de óbito.

Estamos pouco a pouco vencendo, mas não é de lavada, o jogo está, ainda, muito equilibrado. Quando pensamos em boas notícias, eis que aumenta o número de casos na Central do Covid, confesso que quero ser otimista, mas fica difícil, às vezes bate um desânimo.

Nos resta a alternativa de continuarmos a driblar, uma finta aqui, outra ali, ajudando os mais em risco, os que tem dificuldade de ginga de corpo, aqueles que não sabem passar a perna por cima da bola ou abrir a perna, deixando a bola passar e pegando do outro lado, tal qual o Vinícius Júnior fez com o Daniel Alves na semifinal da Copa dos Campeões.

Procuro de uma forma mais amena driblar um assunto tão desagradável. Colocar uma pitada de bom humor nessas preocupações que assolam nossos sentidos nos dias atuais, levando-nos ao estresse, transformando nossos dias em tristes dias.

Enquanto isso, tentamos responder as perguntas que tanto nos assustam, vacinamos ou não as crianças? A vacina é ou não é confiável? Existem interesses escusos pelos meandros das decisões de cúpula?

Pensei que era só a pandemia em si, mas existe mais.

Que Deus nos ajude e nos dê essas respostas.

“O homem é um sábio na proporção que compactua a solução de seus problemas”.

*Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg. 

Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.

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