Duas senhoras

E o dialogo girava em torno de algo único, a vida, sim, a tão encantada vida

Foto ilustrativa: Pixabay

Duas senhoras

*Carlos Roberto de Oliveira

Embora seu Produto Interno Bruto (PIB) não seja medido pela felicidade, tal como ocorre naquele belo país localizado na cordilheira do Himalaia, o Butão, o Brasil é, indiscutivelmente, um país que produz, independentemente das adversidades, alegria que emociona, pois é espontânea e na qual predomina o senso de humor e o desprendimento de sua gente.

E esta capacidade de imaginação, originária de uma miscigenação de raças, em um país receptivo, apresenta-se de várias formas, mas, principalmente, pela verve.

Emblematicamente, e não poderia haver situação mais apropriada, duas belas senhoras, amigas e próximo dos 70 anos, ou  pouco mais, conversavam alegremente… na fila de espera da vacina da Covid-19.

E o dialogo girava em torno de algo único, a vida, sim, a tão encantada vida.

Vaidosas, bem produzidas, sentiam-se à vontade em expor suas confidências uma à outra, e o que de certa forma surpreendeu foi o fato de que em seus comentários o que mais valorizavam era o sentimento de liberdade por ali se encontrar… na fila da vacina.

Uma se chamava Maria, a outra Julia, e aquela palavra que só existe na língua portuguesa, saudade, só se acentuava à medida em que ia chegando a vez de receberem, ambas, a dose da esperança…pela lembrança de uma Foz do Iguaçu de outros tempos

Carlos Roberto de Oliveira é empresário do setor de logística de Foz do Iguaçu

Sair da versão mobile