É…
*Por Carlos Roberto de Oliveira
Céptico, sempre se manifestou contrário, com senso crítico, a estas manifestações altruístas por ocasião dos eventos de final um ano e início de outro.
Não há nesta sua posição qualquer ranço de cunho religioso, longe disto.
Causa-lhe um certo desconforto a exposição de pessoas simples, e ingênuas, quando, ao receberem uma benesse, como uma cesta básica, por exemplo, é como se fosse um milagre, tornando-as instrumentos de promoção pessoal.
Nada contra a doação, até porque é um gesto nobre, desde que realizada anonimamente.
Por outro lado, caminhando por uma rua qualquer da cidade, um detalhe chamou-lhe a atenção ao se deparar com uma placa com a seguinte frase: Não dê, esmolas, dê oportunidade.
Intrigado, e remoendo aquela colocação e resmungando exclamou, mas afinal, não é responsabilidade do Estado, também, aspectos sociais relacionados a oportunidades?
E voltando às doações, chegou à conclusão de que somente elas, realmente, para amenizar a falta de esperança de muitos, mesmo admitindo que aqueles que hoje as entregam poderão ser os que no futuro elaborarão frases como a de “Não dê esmolas, dê oportunidade”.
É…
*Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu.