É a máfia brasileira do café?

Foram indiciadas 58 pessoas por organização criminosa e falsidade ideológica

Foto ilustrativa: PCPR/Divulgação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu a investigação de um esquema de sonegação bilionário envolvendo o ramo de comercialização de café em grão no Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

Foram indiciadas 58 pessoas por organização criminosa e falsidade ideológica.

Entre os indiciados estão atacadistas, corretores, torrefações de café e empresas laranjas envolvidas no ramo cafeeiro.

Sete das instituições apontadas durante as investigações são responsáveis, ainda, pela creditação indevida de ICMS no Paraná com o valor aproximado em R$ 52 milhões.

O valor total do prejuízo relacionado a empresas dos estados envolvidos ainda está sendo apurado, podendo ultrapassar R$ 1 bilhão devidos aos cofres públicos em impostos estaduais e federais.

Entenda o golpe
As ações dos atacadistas e corretores de café de Londrina e região possibilitavam a diversas torrefações do Paraná a aquisição do café em grão cru de duas formas. A primeira, destinando o produto juntamente com créditos fraudulentos de ICMS advindos de notas fiscais falsas; a segunda, na compra do café em operações fraudulentas (dentro do Paraná), em que o recolhimento dos tributos não era feito.

Em ambos os casos, a mercadoria era oriunda de Minas Gerais e do Espírito Santo, comercializada por cooperativas e produtores rurais desses estados, sendo as notas fiscais destinadas a empresas de fachada, as chamadas “noteiras”, também localizadas em Minas Gerais e no Espírito Santo.

As operações envolvendo empresas dos dois estados possibilitavam o não recolhimento do ICMS sobre as notas fiscais falsas. Paralelamente, outra empresa “noteira”, situada em São Paulo, emitia notas fiscais falsas destinadas a atacadistas e torrefações do Paraná.

Com informações da AEN

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