Em meio a protestos da imprensa paraguaia, Itaipu reduz o preço da energia vendida ao Brasil

É a primeira redução da tarifa de Itaipu após 13 anos, permitindo a redução da conta de luz do consumidor da energia gerada pela usina

Reunião desta terça-feira (09) que definiu a nova tarifa da usina de Itaipu. Foto: Rafael Kondlatsch/Itaipu Binacional

As autoridades da Itaipu Binacional informaram, nesta terça-feira (09), que a tarifa de energia elétrica para o exercício de 2022 foi finalmente fixada em US$ 20,75 kW, o que significa que o Paraguai não teve êxito em sua reivindicação de manter o preço em US$ 22,60 kW, e o valor estabelecido acabou se aproximando da proposta brasileira de US$ 18,90 kW.

Congelada desde 2009, a tarifa foi reduzida em 8,2%.

Segundo a binacional, “é a primeira redução da tarifa de Itaipu após 13 anos, permitindo a redução da conta de luz do consumidor da energia gerada pela usina”.

Resumo da ópera: a decisão resultou numa série protestos da imprensa do Paraguai, porque, embora a dívida da construção da usina esteja praticamente paga, os paraguaios queriam que os brasileiros continuassem pagando uma tarifa pela energia que eles não usam (eles têm direito a 50% do que é produzido), por um preço para cobrir uma dívida que não existe mais.

No entanto, segundo divulgou o governo do Paraguai, parte da negociação dessa tarifa intermediária também incluiu o repasse de recursos de US$ 220 milhões para o lado paraguaio, que serão divididos em US$ 140 milhões para a ANDE e outros US$ 80 milhões para despesas socioambientais.

Essa informação não foi divulgada pelo governo brasileiro.

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