Em pé de guerra? Argentina pode desabastecer o Paraguai de combustíveis

A Argentina agora impede que barcaças paraguaias tragam gasolina para o país, além de reter 40 caminhões com gás liquefeito

Reunião da equipe econômica do Paraguai. Foto: Agência IP

A equipe econômica do governo paraguaio foi convocada com urgência ontem (1º) para analisar os novos impedimentos para o fornecimento de gás e gasolina ao Paraguai e tomar medidas nesse sentido.

O motivo da urgência foi a comunicação que as empresas paraguaias receberam, na sexta-feira (29), de que o combustível não será carregado nas barcaças que devem trazer o produto para o país, pelo Rio Paraná.

Soma-se a isso, a recusa em permitir a saída de caminhões paraguaios carregados com gás destinados ao Paraguai ou o carregamento de novos caminhões.

A medida atinge cerca de 40 veículos de fornecedores privados e da Petropar, que estão retidos.

O ministro da Economia, Carlos Fernández, afirmou que não haverá escassez porque há reservas para cerca de 30 dias, enquanto se analisam outras rotas de abastecimento, e se espera que se chegue a uma solução para esta medida “unilateral e não consultiva”.

“É uma escalada das medidas que constituem assédio da Argentina ao Paraguai”, disse o ministro Fernández.

Vale ressaltar que a Argentina, por decisão unilateral, sob a alegação de restituir o que investiu na sinalização do Rio Paraná, está cobrando um pedágio de 1,47 dólar por tonelada transportada pela hidrovia Paraguai- Paraná. E, como os paraguaios, os principais utilizadores dessa hidrovia, estão se recusando a pagar, estão sofrendo retaliações desse tipo.

O impasse continua sem solução, por enquanto.

Com informações da Agência IP

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