Enquanto o Brasil tem 13,2 milhões de desempregados, empresas brasileiras continuam investindo e gerando empregos… no Paraguai.
Sorte dos paraguaios, mas mais que isso: fruto de uma política inteligente de atração de investimentos.
A empresa brasileira têxtil Asturias, ao anunciar um investimento de US$ 3 milhões e a criação de 100 novos empregos até o final do ano, na sua filial em Ciudad del Este, disse que tomou a decisão “depois de conhecer as incontáveis vantagens oferecidas pelo governo paraguaio para as empresas, sejam maquiladoras ou não”.
No caso da Asturias, ela atua sob o regime de maquila, que permite a importação de bens, maquinários e matérias-primas com vantagens fiscais e tarifárias.
A empresa pretende aumentar sua produção cerca de 200% até produzir 245 toneladas de tecidos por mês.
Ao transferir parte de sua produção ao Paraguai, a intenção da Asturias é, além de exportar ao Brasil, poder vender seus produtos em outros países, a preços competitivos, graças ao menor custo de mão de obras e à suspensão de tarifas e impostos na importação.
A Asturias se soma a outros 21 projetos aprovados este ano no Paraguai, para fabricar pelo sistema de maquila.
Nos sete primeiros meses deste ano, as exportações paraguaias de maquila já geraram mais de US$ 390 milhões. Desse total, metade provém da indústria de autopeças, seguida das empresas de confecção e têxtil, com 23,9%, e de plásticos e manufaturas, com 10,6%.
Desde 2013, o Paraguai aprovou 126 projetos de maquila. Sete entre 10 destas empresas são filiais de brasileiras ou mesmo foram abertas por empreendedores brasileiros.
Fontes: jornal Hoy com agência EFE