Entenda como Foz e região podem ser prejudicadas, de novo, com a nova licitação do pedágio

Uma possível artimanha poderá ser incluída nessa licitação para manter os valores das tarifas mais caras do Brasil

Pedágio caro prejudica a produção e reduz a competitividade - Foto: Marcos Labanca/POD

Os contratos assinados pelo então governador Jaime Lerner e as atuais concessionárias de pedágio das rodovias do Paraná vencem em 2021, acumulando mais de duas décadas de vigência e a reprovação da sociedade paranaense, em razão das altas tarifas e carência de melhorias nas vias.

Seria uma boa notícia, se outra possível artimanha (arapuca?) não estivesse sendo incluída na nova licitação marcada para o ano que vem.

Agora, o desafio maior é evitar o modelo de outorga onerosa na licitação, o que manteria elevado o valor das tarifas, prejudicando usuários e setor produtivo.

Por essa regra, a concessão das rodovias seria entregue à empresa que apresentar o maior valor de outorga onerosa, que é a quantia paga ao poder público.

Traduzindo: com tanto dinheiro em jogo, por esse modelo, quem pagar mais ao governo do Paraná ganha a licitação e, depois, pode manter os valores elevado das tarifas, que hoje são considerados os mais caros do Brasil (uma vergonha, mesmo!).

“O Oeste, a região que paga os pedágios mais caros para fazer fluir sua produção, rechaça esse modelo”, enfatiza o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Danilo Vendruscolo.

Já na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), integrante da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, disse, nesta segunda-feira (07), que o momento é mais do que propício para a sociedade exigir que a nova licitação se dê pela menor tarifa e não pelo regime de outorga como pretende o governo federal.

Com informações da POD e Alep

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