Entenda por que a Itaipu substituiu óleo fóssil por de “cozinha” em transformador

Com 10 MVA de potência, o equipamento será conectado ao sistema de 66 kV da Subestação da Margem Direita (SEMD)

Este é o primeiro transformador da Itaipu para o nível de tensão de 66kV com este tipo de isolamento. Foto: Diretoria Técnica/Itaipu Binacional

A Itaipu Binacional finalizou recentemente a instalação de seu primeiro transformador de potência isolado com óleo vegetal, tecnologia pensada para minimizar os impactos no meio ambiente.

Com 10 MVA de potência, o equipamento será conectado ao sistema de 66 kV da Subestação da Margem Direita (SEMD) e foi projetado principalmente para suprir a alimentação da área onde serão construídos os novos Almoxarifados e o Centro de Integração de Sistemas e Capacitação (CINTESC) do Plano de Atualização Tecnológica da usina (PAT).

Atualmente, os transformadores de potência instalados na SEMD e na Usina são isolados com óleo mineral. Sua origem fóssil e sua dificuldade em se biodegradar o transformam em um produto que requer cuidados especiais, especialmente em caso de vazamentos ou na etapa de descarte.

Em contraste, o óleo vegetal (de origem dos mesmos óleos usados na cozinha) isolante oferece benefícios significativos. Com um ponto de inflamação mais elevado, ele melhora a segurança nas operações dos transformadores, reduzindo o risco de incêndios. Além disso, sua natureza biodegradável e renovável o torna uma opção mais amigável ao meio ambiente.

“Este é o primeiro transformador da Itaipu para o nível de tensão de 66kV com este tipo de isolamento, mas não será o último, pois os transformadores auxiliares da usina e os transformadores reguladores dos serviços auxiliares de 50 Hz e 60 Hz também serão substituídos, dentro da Atualização Tecnológica, por transformadores de potência com óleo vegetal isolante”, afirma o engenheiro Rodrigo Chaparro, gerente da Divisão de Engenharia Eletromecânica, área responsável pela especificação técnica do equipamento.

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