Os sindicatos de taxistas de todo o Paraguai fizeram manifestações nesta sexta-feira (14), pedindo que a Justiça proíba totalmente a operação dos aplicativos Uber e MUV (este é criado por paraguaios) nas cidades de Assunção, Ciudad del Este e Encarnación.
Houve tumulto e empurra-empurra na frente do prédio do Poder Judiciário, em Assunção. Os taxistas chegaram a atacar os meios de imprensa que tentavam cobrir a grande mobilização nacional.
A mobilização foi anunciada na quinta-feira, pelos titulares da Federação Nacional de Taxistas e da Associação de Profissionais Taxistas de Assunção.
Cerca de 30 mil trabalhadores de volante apoiam a mobilização, que em Assunção reuniu cerca de 10 mil nas ruas.
O “enxame amarelo”, como é chamada a aglomeração de táxis pela imprensa, chegou a prejudicar o trânsito nos acessos a Assunção, embora os taxistas tivessem garantido que não bloqueariam as ruas.
Sem respaldo legal
Os sindicatos rechaçam firmemente a entrada da empresa internacional Uber, que está em negociação com o governo paraguaio, e querem impedir também que o aplicativo paraguaio MUV opere.
Os taxistas alegam que MUV e Uber estão começando a fazer o transporte de passageiros, competindo diretamente com os taxistas, mas dizem que a atividade não conta com regulamentação municipal nem está prevista em qualquer lei.
Na Justiça
Para analisar o documento entregue pelos taxistas à Justiça – uma medida cautelar que pede a suspensão imediata dos serviços por aplicativos -, foi designada por sorteio a juíza Letizia Paredes.
Ela decidiu, de imediato, não conceder a medida cautelar, mas disse que dará trâmite ao pedido. E convocou as partes, taxistas e operadores dos aplicativos, para uma audiência na próxima segunda-feira, pela manhã.