Éramos felizes e não sabíamos…

Como tudo passa, poucos são aqueles que conseguem levar em suas fases posteriores de existência os valores adquiridos

Foto ilustrativa: Pixabay

Chegara à conclusão de que a essência do ser humano, infelizmente, só se manifesta no período da infância, quando os princípios de convivência são respeitados naturalmente, com pluralidade e sem qualquer discriminação.

Nessa fase da vida também há vitórias e derrotas, tristezas e alegrias, amor e ódio, com o diferencial, porém, de não haver ressentimentos, prevalecendo o sentimento de igualdade que se transforma em fraternidade e o mais importante, tendo como base a liberdade.

Como tudo passa, poucos são aqueles que conseguem levar em suas fases posteriores de existência os valores adquiridos, quando se dá início, então, à deturpação do que seja autoestima, ou até mesmo caráter.

Nesse processo de desconstrução da moral e ética, quando o conceito de certo e errado, bem ou mal são desconsiderados, inicia-se a fase do calculismo estratégico em que a virtude está na condição de ser esperto, ou melhor, inescrupuloso para se atingir objetivos.

E, como consequência desse processo de transição em que predomina a esperteza e o conceito de só levar vantagem, comumente se ouve, de quem assim se comporta quando algo não ocorre como lhe convém, a expressão “não seja infantil”.

Para aqueles que conservam as experiências da infância e as cultuam em seu modo de viver, e em forma de agradecimento, resta o tributo ao mestre Ataulfo Alves quando diz em sua canção: “Eu daria tudo que tivesse, pra voltar aos tempos de criança, Ah! não sei porque a gente cresce…”

Por Carlos Roberto de Oliveira, empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu

Sair da versão mobile