A situação é no mínimo esdrúxula! O governo do Estado vangloriou-se de ter aprovado uma lei que obriga a apresentar a declaração de vacinas em dia para a matrícula ou rematrícula nas escolas públicas. No entanto, quando chega a data das rematrículas, os postos de saúde não têm vacinas.
Como fica isso, governadora? Ela, Cida Borghetti, esteve no final de outubro com o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, para apresentar a lei paranaense que, segundo ela, “pode servir de exemplo para o país”.
Pode mesmo. Desde que haja vacinas suficientes. E o secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Nardi, nem pode alegar que ignorava a medida. Ele acompanhou a governadora na visita ao ministro.
Esta é daquelas situações que só uma burocracia atrapalhada pode explicar.
Aqui no blog, ontem (22), fizemos matéria criticando a Prefeitura de Foz por não ter vacinas suficientes nos postos de saúde daqui. Apesar de tantas críticas que se possa fazer à administração municipal, esta não foi justa.
Adriana Izuka, responsável pelo setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, reforça que o erro foi do Estado.
“O Estado sabia que ia ter aumento (na procura por vacinação), mas não aumentou a quantidade de vacinas e nem fez a reposição do estoque quando terminou tudo”, diz.
“Há muito tempo a gente vem pedindo que nos mandem mais, mas não atenderam.”
Consequência: quem não apresentou o certificado de vacinação poderá fazer a rematrícula (ou matrícula, quando for a data) normalmente. E apresentar posteriormente este documento, quando as vacinas voltarem aos postos.