Até agora não era preciso. Mas, agora, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda aos estrangeiros que visitam o Sul do Brasil para que se vacinem contra a febre amarela.
Foz do Iguaçu, por exemplo, está fora da área de risco da doença, mas, a exemplo de todo o Sul, pode ser afetada pela progressão da transmissão da doença.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas, tudo leva a crer que, nos próximos meses, a disseminação do vírus causador da doença continue ao longo do ecossistema da Mata Atlântica no estado de São Paulo, em direção ao Paraná e aos outros dois estados do Sul do país, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A entidade se baseia no avanço da doença por áreas metropolitanas densamente povoadas, como Rio de Janeiro e São Paulo, que não eram consideradas de risco para a transmissão do vírus até abril de 2017. Além disso, entre 1º de julho de 2017 e 2 de maio de 2018, foram confirmados no Brasil 1.257 casos de febre amarela, incluindo 394 óbitos.
No mesmo período, segundo a Opas, foram notificados 19 casos confirmados de infecção por febre amarela entre viajantes internacionais não vacinados, incluindo três detectados no Brasil e 16 na Alemanha, Argentina, França, Holanda, Reino Unido, Romênia e Suíça. Pelo menos nove dos casos relatados haviam viajado para Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ).
A dose contra a febre amarela já era recomendada para viajantes internacionais que se dirigem a estados do Centro-Oeste, Sudeste e Norte do Brasil, além do Maranhão e partes dos estados da Bahia e do Piauí. A Opas recomenda que a vacinação seja feita pelo menos dez dias antes da viagem.
Fonte: Agência Brasil