Uma escrivã que atua em Ciudad del Este e seu filho foram denunciados por estudantes brasileiros, que pagaram pelo trâmite do visto de permanência temporária no Paraguai, mas até agora não obtiveram o documento.
Igor Pontes da Silva, um dos estudantes, disse que pagou R$ 2.300 à escrivã Gladys Barreto e seu filho Walter Villaverde Barreto, para que fizessem os procedimentos necessários para obter o visto. Isso faz um ano, mas até agora, nada.
Ele disse que a escrivã se recusa a devolver o valor pago por serviços não prestados.
Outras duas colegas de Igor, Elida Andrade e Elisangela Machado, também foram vítimas da escrivã. Cada uma delas deu um adiantamento de R$ 800 para obter o documento, sem nada conseguir
Segundo o site La Clave, de Ciudad del Este, que publicou a denúncia dos estudantes, esta não é a primeira queixa contra a escrivã e se filho. Já há pelo menos 14 denúncias contra eles em unidades fiscais de Assunção e de Ciudad del Este.
Igor disse ao site que não tem dinheiro para confiar a gestão dos documentos a outros profissionais e, por isso, vai recorrer ao Consulado do Brasil em Ciudad del Este para saber como deve proceder.
Irregulares
O visto de permanência temporário é uma exigência da legislação paraguaia para os estrangeiros que estudam em universidades do país.
A Direção Regional de Migrações de Ciudad del Este estima que, dos 15 mil estrangeiros que estudam atualmente na região, só 3,5 mil estão regularizados no país. O visto é uma exigência do Ministério da Educação do Paraguai para a emissão dos diplomas universitários.