Estudo da UFSC revela que 81% dos jornalistas brasileiros são de esquerda

Por outro lado, apenas 4% dos jornalistas disseram ter posicionamento mais à direita (sendo 1,4% de direita e 2,5% de centro-direita)

Foto: reprodução da capa do estudo

A queixa de que a maioria dos jornalistas é de esquerda (militando em causas progressistas) e as coberturas não são tão imparciais quanto alegam os veículos pode ir além de mera implicância ou intuição dos leitores de notícias, informa o jornal Gazeta do Povo nesta segunda-feira (12), numa matéria que pode ser lida aqui.

Segundo o jornal, em sua edição mais recente, uma das maiores pesquisas feitas com jornalistas brasileiros (que pode ser lida aqui) mostra que a maioria esmagadora (81%) dos que responderam sobre convicções políticas se declararam de esquerda (52,8%) ou centro-esquerda (29%).

Por outro lado, apenas 4% dos jornalistas disseram ter posicionamento mais à direita (sendo 1,4% de direita e 2,5% de centro-direita). Até mesmo os que se identificam como extrema-esquerda (2%) superam os que os que se dizem de direita. Apenas 0,1% classificam-se como de extrema-direita.

Um dos motivos dessa tendência é explicado por Carlos Alberto Di Franco, que é doutor em Comunicação, especialista em Jornalismo Brasileiro e Comparado e consultor de empresas informativas.

“A universidade e o ensino básico estiveram, e eu acho que ainda estão muito dominadas por uma matriz marxista. Nós estamos há décadas e décadas com essa matriz. E eu diria não só essa matriz, mas uma matriz militante, ativamente militante, samba de uma nota só. Isso tem consequências. Quando a ideologia domina o processo de conhecimento, o que desaparece é o conhecimento”, opina Di Franco.

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